quarta-feira, 6 de abril de 2011

TECNOLOGIA LCD E PLASMA

Tecnologia LCD e Plasma

Conheça melhor a tecnologia do LCD e Plasma, Vantagens e Desvantagens.
Como funciona um display de plasma.
Antes de mais nada, a tecnologia de displays de plasma não é nova, data de 1960, mas só se tornou comercialmente viável e interessante nos anos 90, quando mesmo tendo sido “encostada” nos EUA, ela continuou a ser aprimorada no Japão, principalmente pela Fujitsu.
Cada pixel num painel de plasma é feito de 3 sub-pixels, sendo cada um destes uma “cavidade” preenchida por um gás raro (xenônio) e tendo tipicamente um eletrodo na frente e outro atrás, embora haja outras configurações. Quando se aplica a cada par de eletrodos uma alta corrente alternada, o gás se ioniza ( grosseiramente os elétrons se “separam” dos núcleos) e entra no estado de “plasma”, emitindo raios ultravioleta (ilustrados pelas setas em violeta na imagem abaixo), que nós não enxergamos.

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Os raios UV atingem uma camada de “fósforo”, mais propriamente chamado de material cintilante ou cintilador , que então é excitado e passa a emitir luz visível . Cada sub-pixel é recoberto de um cintilador próprio para emitir luz vermelha, verde ou azul. Ou seja, um display de plasma não passa de uma lâmpada fluorescente superdesenvolvida.
Brincadeiras à parte, cada sub-pixel mede em torno de 200 µm x 200 µm x 100 µm e é complicadíssimo montar um painel com milhões deles lado a lado e com outros milhões de eletrodos, todos conectados numa enorme matriz que tem que ser controlada, tanto é que até hoje você pode contar nos dedos de uma mão as empresas que realmente fabricam os painéis. As demais só montam.
Como funciona um display de cristal líquido
O termo “cristal líquido” data de 1888/9 e se refere a substâncias em estado líquido cujas moléculas se alinham quando submetidas a um campo elétrico, mas o primeiro display de cristal líquido é de 1968 e a primeira vez que ele foi usado com um computador foi em 1986.



A principal diferença entre plasma e LCD é que os pixels de um display LCD não emitem luz , ao contrário dos do plasma. Praticamente todas as diferenças de performance decorrem desse fato. A luz é fornecida por um painel fluorescente que fica atrás do display e o LCD em si é uma grande “chave comutadora” e filtradora de luz, sub-pixel a sub-pixel. Cada sub-pixel pode ser controlado para “deixar passar” mais ou menos luz vinda do painel traseiro, e cada pixel é formado novamente por 3 sub-pixels, cada um contendo um filtro vermelho, verde ou azul.
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Embora o LCD seja muito mais barato de fabricar, pois sua construção envolve técnicas similares às dos semicondutores, permitindo sub-pixels muito pequenos, entender um pouco melhor seu funcionamento é complicado. Vou tentar fazê-lo de modo bem simples e rápido, mas se a coisa ficar técnica demais pro seu gosto, basta ficar com a explicação do parágrafo anterior.
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A luz que é emitida pelo painel fluorescente “de fundo” é branca e não-polarizada , o que significa que seu campo elétrico pode assumir qualquer orientação perpendicular à direção de propagação. A luz sai do painel fluorescente e passa por 2 polarizadores, ortogonais entre si, de modo que nessa configuração toda luz é barrada. Mas… se entre os polarizadores pusermos um cristal líquido, o campo elétrico da luz é rotacionado de modo que então toda luz passa. A tensão aplicada a cada “lado” do cristal líquido permite alinhá-lo e portanto controlar a quantidade de luz que “passa” por cada sub-pixel. Hoje praticamente todos os LCDs são do tipo “matriz ativa”, onde um transistor (TFT) e um capacitor são usados para controlar com muito mais precisão o alinhamento do cristal.
Plasma: Principais vantagens…
  1. A escolha dos cintiladores para os painéis de plasma lhes permite ter a melhor e mais ampla gama de cores.
  1. O ângulo de visão é muito mais amplo, justamente porque a luz é gerada nos próprios sub-pixels do painel.
  2. O contraste é excelente porque o sub-pixel é totalmente escuro quando não emite luz – no LCD o pixel, para ser escuro, tem que “bloquear” a luz vinda de trás, o que não é a mesma coisa, é claro.
e desvantagens.
  1. O tamanho do pixel completo não pode ser inferior a cerca de 0,5 mm, logo só se consegue fazer plasmas “grandes” para conter determinada resolução.
  2. Para se obter brilhos intermediários, cada sub-pixel, que só pode estar ligado ou desligado, é ligado a intervalos pré-determinados, de modo que na média ele esteja num estado “ligado” equivalente a alguma coisa no meio. Isso funciona bem para tons mais claros, mas para os escuros é mais difícil conseguir distinguir tons próximos.
  3. Se o observador estiver muito próximo, além da grade dos pixels (é claro, devido aos limites de tamanho deles), perceberá um “flicker”, devido ao processo descrito no item anterior. Embora o cérebro não o perceba diretamente, o olho o sente e se cansa mais rápido.
  4. Burn-in, é claro, pela mesma razão que as CRTs, ou seja, por usar cintiladores. Embora a burn-in ainda exista e possa acontecer, esse problema já está fortemente controlado, especialmente nas novas gerações. A vida útil da plasma é basicamente determinada pelo envelhecimento dos cintiladores, que vão perdendo sua capacidade de emitir luz depois de “N” mil horas.
  5. A interpolação de imagens de resolução mais alta (tipicamente HDTV) para a resolução nativa das plasma 42″ ainda deixa muito a desejar. Para as plasma de 50″ e acima não há problema.
LCD: Principais vantagens…
  1. Os pixels podem ser muito menores que os das plasmas, permitindo altas resoluções em tamanhos menores.
  2. É uma tecnologia muito mais barata do que o plasma, ou seja, um display com as mesmas características básicas (diagonal, resolução, etc) custa menos para ser fabricado na versão LCD.
  3. Os LCDs podem ser vistos de perto (estou a 20 cm de um neste momento ), pois não têm “flicker”.
e desvantagens.
  1. O ângulo de visão é mais restrito porque a luz é emitida pelo painel fluorescente atrás dos 2 polarizadores, logo apesar da grande melhora nesse aspecto, nunca será a mesma coisa que no plasma.
  2. O contraste dos LCDs é significativamente inferior, especialmente no que tange ao nível dos pretos, pois o painel bloqueia a luz em vez de se apagar, logo o pixel nunca fica realmente escuro.
  3. As cores mais escuras têm pouca fidelidade (de cor) pela mesma razão.
  4. A latência real é alta, muito mais alta do que especificado pelos fabricantes, que a medem apenas numa situação “ideal”, embora prevista em norma.
  5. Ghost existe e é visível em cenas escuras. Esse problema tembém vem sendo melhorado pelos fabricantes.
  6. A luminosidade do painel traseiro não é uniforme, fazendo com que algumas áreas da tela sejam mais brilhantes do que outras, embora esse efeito seja pouco visível pela natural heterogeneidade das imagens exibidas.
  7. A interpolação de imagens de resolução mais baixa (tipicamente DVD) para a resolução nativa do LCD ainda deixa muito a desejar. Para isso não precisa ser nenhum especialista, basta ir em qualquer loja e observar as bordas de qualquer objeto se mexendo numa fonte em DVD.
Como dito no início, meu principal objetivo era esclarecer que muitos dos “defeitos” de cada tecnologia são inerentes ao próprio princípio de funcionamento delas. Mesmo que os fabricantes “melhorem” isso usando idéias criativas ou software, sempre haverá limitações naturais. Assim é o burn-in do plasma, por exemplo, e também o pior contraste do LCD.
Depois dessa pesquisa também fica evidente que as especificações dos fabricantes são um mero “guia” para nós, e que quem não pesquisar bem antes de comprar pode levar um aparelho cujo desempenho está um tanto aquém do prometido. Números como contraste de 10.000:1 nas plasmas e latência de 8ms nos LCDs são coisa do tipo “PMPO”.
Abaixo de 40/42″ o LCD reina absoluto e acima de 50″ o plasma domina o mercado. Justamente nessa faixa de 40/42″ parece estar a maior competição. Na minha opinião, apesar de oferecer uma resolução muito maior que o plasma nesse tamanho, o LCD ainda tem um bom caminho a percorrer como monitor de TV de baixa resolução, a conversão ainda deixa a desejar e fica bastante atrás do plasma. Já como fonte HDTV, nesse tamanho, o LCD tem realmente uma imagem muito boa. Mas nem todos os plasmas 42″ são livres de upscaling, eu tomaria cuidado com aqueles de resolução 4:3 pelo mesmo motivo. Obviamente, estou mais preocupado com fontes 480p (DVD) que são a realidade de hoje.
Imagino que com a chegada da HDTV (será? ) e do HD-DVD e Blu-Ray com títulos em 720p e acima os LCDs tomem a dianteira também na faixa de 42″, deixando os plasmas apenas com a faixa acima de 50″, onde conseguem resolução compatível.
Numa nota de rodapé, confesso que fiquei bastante impressionado com o problema dos tempos de latência e principalmente com a gritante não-uniformidade de iluminação do painel traseiro dos LCDs. Vejam só essa medida de um dos recentes lançamentos de 32″ de um fabricante famoso no mercado:
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Fonte: www.eletronicosforum.com /  www.denguru.com

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